Mundialíssimo https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br Notícias internacionais explicadas tintim por tintim Fri, 24 Jan 2020 11:05:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Bolsonaro segue os passos de Trump ao apostar na radicalização da retórica https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/01/bolsonaro-segue-os-passos-de-trump-ao-apostar-na-radicalizacao-da-retorica/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/01/bolsonaro-segue-os-passos-de-trump-ao-apostar-na-radicalizacao-da-retorica/#respond Thu, 01 Aug 2019 14:28:22 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/bolsonaro-trump-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3270 Jair Bolsonaro tem seguido à risca a cartilha de poder de seu ídolo Donald Trump.

O Brasil mal se recupera da polarização que rachou o país de vez na eleição de outubro, e o presidente faz de tudo para intoxicar ainda mais o debate público com mentiras e impropérios.

Só nos últimos dias, Bolsonaro fez ataques sem precedentes contra povos indígenas, a comunidade científica, a imprensa livre e a memória das vítimas da ditadura militar, dentre outros alvos. Desnorteada, a sociedade tem encontrado dificuldades para oferecer respostas rápidas à sequência de ameaças que emana do Alvorada.

Não estamos sozinhos: os Estados Unidos enfrentam desafios semelhantes impostos pelo atual ocupante da Casa Branca. O problema surgiu por lá ainda em 2015, quando Trump lançou sua pré-candidatura à Presidência com declarações estapafúrdias contra mulheres, imigrantes e as instituições de poder.

Na época, a verborragia de Trump não era levada à sério. O deboche em relação ao magnata nova-iorquino era tanto que o site Huffington Post chegou a noticiar sua campanha na seção de entretenimento em vez da de política.

Em vez de enfraquecerem sua candidatura, os disparates de Trump sequestraram a atenção do eleitorado e o levaram a vencer as primárias do Partido Republicano. Mais tarde, em novembro de 2016, ele derrotou a favorita Hillary Clinton na votação do colégio eleitoral, surpreendendo o establishment político.

Uns esperavam em vão que a cadeira presidencial ajudasse a moderar o comportamento errático do republicano. Desde a posse, Trump faz da virulência –tanto ao vivo quanto no Twitter– a principal marca de seu governo.

Em agosto de 2017, alguns meses após a cerimônia de inauguração, o presidente causou indignação quando, ao comentar os incidentes de tensão racial em Charlottesville, igualou a violência dos extremistas da Ku Klux Klan à reação pacífica de manifestantes antifascistas. O episódio ficou gravado na opinião pública americana como um triste lembrete de que as estruturas racistas herdadas do tempo da escravidão seguem vivas e fortes nos Estados Unidos.

Já em novembro de 2018, Trump elevou o nível de seus despautérios contra a mídia independente –rotineiramente taxada de “inimiga da nação” e “fake news”– ao revogar as credenciais de acesso à Casa Branca do repórter Jim Acosta, da emissora CNN. Amplamente vista como um ataque à liberdade de imprensa, a medida foi logo revertida pela Justiça.

O republicano atingiu o pico de suas ameaças contra as instituições de poder no mês passado, quando sugeriu que quatro deputadas da ala progressista do Partido Democrata, todas cidadãs americanas e integrantes de minorias raciais, odiavam a América e deveriam retornar aos “países totalmente infestados pela criminalidade de onde vêm”. A declaração racista foi imediatamente rechaçada pela Câmara dos Deputados, controlada pela oposição.

“Ao longo da nossa história, o linguajar racista tem sido usado para colocar um americano contra o outro de modo a beneficiar a elite rica”, escreveu Ilhan Omar, uma das deputadas alvejadas por Trump, em artigo de opinião publicado na semana passada pelo New York Times.

LÓGICA SECTÁRIA

A experiência dos Estados Unidos na era Trump mostra que a postura agressiva do presidente deve ser levada a sério. Quem apostava que o republicano morreria pela boca já se enganou uma vez em 2016.

Trump tem avançado a passos largos em pontos estratégicos de sua agenda populista, como o nacionalismo econômico e o combate à imigração, deixando um rastro de ódio e divisão à medida em que revoga direitos de minorias e demole princípios caros à democracia.

Apesar das inúmeras controvérsias que produz, o líder americano tem conseguido manter sua popularidade em nível estável. A retórica agressiva de Trump energiza seus seguidores mais fiéis nos meses que antecedem a batalha pela reeleição no pleito de novembro de 2020.

Esta lógica sectária parece ter sido adotada por Bolsonaro no Brasil. Confrontado após a nova leva de disparates, o presidente não dá sinais de que corrigirá o comportamento: “Sou assim mesmo”, ele disse em entrevista ao jornal O Globo.

Enquanto a maioria dos líderes de países democráticos mantém uma distância cautelosa em relação Trump, o presidente americano tem encontrado em Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo –provável futuro embaixador do Brasil em Washington– dois de seus mais subservientes admiradores ao sul do continente.

Ainda que traga ecos do líder americano, o estilo de Bolsonaro antecede o republicano em muitas décadas. O presidente brasileiro construiu sua carreira na Câmara dos Deputados defendendo o retorno da ditadura militar e ofendendo mulheres, LGBTs, negros, índios e nordestinos. A recente escalada do discurso agressivo de Bolsonaro não deveria surpreender ninguém.

Nos Estados Unidos, quem tem feito contrapeso aos abusos do presidente são movimentos sociais e a imprensa independente —e, de modo mais limitado, as instituições de poder como o Legislativo e a Justiça.

Por aqui, o discurso tóxico de Bolsonaro enfrenta alguma resistência da sociedade civil. Mas o nosso sistema de pesos e contrapesos, essencial para a preservação do Estado de Direito, é mais frágil que nos Estados Unidos.

“Cada vez que o presidente dispara contra seus críticos, cada vez que ele agrava a linguagem do racismo e do ódio, torna-se mais difícil convencer a nós mesmos de que vivemos em uma sociedade que valoriza a civilidade, a compaixão e a tolerância”, escreveu Francine Prose, integrante da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos, em artigo recente para o jornal britânico The Guardian.

A autora se referia ao “linguajar cruel” de Trump, mas o alerta também vale para o Brasil de Bolsonaro: “Se estamos com raiva, nós podemos dar a ela um uso positivo … Vamos canalizar nosso descontentamento para um propósito maior que supere o divisionismo, o descaso e o redemoinho caótico e acelerado da violência verbal e física”.


P.S.: Fui para o Twitter, siga @danielavelar_ 

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O que resta da nova esquerda europeia após o fracasso do Syriza na Grécia? https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/o-que-resta-da-nova-esquerda-europeia-apos-o-fracasso-do-syriza-na-grecia/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/10/o-que-resta-da-nova-esquerda-europeia-apos-o-fracasso-do-syriza-na-grecia/#respond Wed, 10 Jul 2019 14:26:05 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/tsipras-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3227 A derrota da coalizão esquerdista Syriza nas eleições da Grécia sinaliza o esgotamento de um ciclo para as forças progressistas na Europa. No domingo (7), os eleitores gregos decidiram pôr fim ao governo de Alexis Tsipras e escolheram como novo primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, do partido conservador Nova Democracia.

O líder do Syriza simbolizava uma nova geração de partidos de esquerda radical surgida na Europa após a crise financeira global de 2008. Estas forças nasceram questionando o receituário neoliberal aplicado nas décadas anteriores pelos principais governos do continente –tanto os de centro-direita, como Nikolas Sarkozy na França (2007-2012), quanto os de centro-esquerda, incluindo Tony Blair no Reino Unido (1997-2007).

Além do Syriza na Grécia, ganharam destaque nos últimos anos o Podemos, na Espanha; o trabalhismo radical de Jeremy Corbyn, no Reino Unido; e, mais tarde, a França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon. Mas o Syriza foi a única destas novas forças progressistas que conseguiu chegar ao governo e testar, na prática, a viabilidade das suas ideias radicais.

Quando alcançou o poder, em janeiro 2015, Tsipras prometia pôr fim às políticas de austeridade fiscal que, dizia, vinham sacrificando as camadas mais pobres da população da Grécia. O país fora um dos mais afetados pela crise na Europa.

Galvanizando a insatisfação da população com o aumento da pobreza e do desemprego, o líder do Syriza venceu um plebiscito em julho de 2015, em que 61% dos eleitores gregos disseram “não” às medidas de ajuste econômico exigidas pelas autoridades europeias em troca do alívio da dívida externa da Grécia.

Apesar do respaldo popular, Tsipras fracassou em convencer os fiadores da Troika (grupo formado pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional) de que era possível tirar a Grécia do buraco sem o controle rigoroso dos gastos públicos. Indisposto a romper de vez com o bloco regional, o premiê grego passou nos anos seguintes a aplicar as políticas de austeridade que tanto criticava.

“Ao adotar as medidas de austeridade, o Syriza acabou destruindo sua própria base social, o rico tecido de grupos da sociedade civil de onde havia surgido como partido político”, escreveu o filósofo esloveno Slavoj Zizek em artigo recente no jornal britânico The Independent. “O Syriza é, agora, um partido político como os demais.”

PERDA DE FÔLEGO

A derrota do Syriza na Grécia é apenas mais uma indicação de que as novas forças progressistas na Europa estão perdendo o fôlego. Partidos identificados com a esquerda radical já haviam obtido resultados pífios nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio.

Por um lado, a nova esquerda europeia parece ter falhado em convencer a maioria da população de que é possível transformar o modelo econômico vigente na região. Em vez disso, parte do ressentimento da população passou a ser mobilizado por forças de direita nacionalista em ascensão –com destaque para a Liga, na Itália; a União Nacional, na França; o Partido do Brexit, no Reino Unido; a AfD, na Alemanha; e o novato Vox, na Espanha.

Além disso, as forças progressistas do continente deram respostas tímidas ao aumento do fluxo de refugiados, que atingiu um pico em 2015, e à série de atentados terroristas que chacoalhou a região entre 2015 e 2017 –os ataques mais sangrentos ocorreram na França e no Reino Unido, mas também houve eventos trágicos na Bélgica, na Espanha e na Alemanha. Embora imigração e terrorismo não estejam relacionados entre si –a grande maioria dos suspeitos de terrorismo não são estrangeiros, são cidadãos europeus–, a coincidência temporal destes fenômenos ajudou a pôr lenha na fogueira da xenofobia, tão bem instrumentalizada pelos líderes de extrema-direita.

Os sucessivos fracassos eleitorais da nova esquerda europeia não significam sua morte política definitiva. Nos últimos anos, agremiações de esquerda radical passaram a ter peso considerável no sistema partidário de vários países do continente, e nada indica que elas desaparecerão no curto prazo. Mesmo o Syriza continua relevante como segunda maior força política da Grécia.

“Em perspectiva, parece haver uma explicação simples para a ascensão e queda rápida da esquerda radical: seu apelo sempre foi mais negativo que positivo”, escreveu Yascha Mounk, professor de ciência política na Universidade Harvard, em artigo recente na revista americana The Atlantic.

“Após uma grande crise econômica, a esquerda radical teve uma oportunidade rara de ir das margens para o mainstream ao canalizar o sentimento anti-establishment de eleitores comuns. Os últimos anos mostraram que a tarefa de manter a onda de apoio inicial é bem mais complicada do que os defensores mais exaltados destes movimentos admitiam.”

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Quem é Boris Johnson, provável futuro primeiro-ministro do Reino Unido? https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/20/quem-e-boris-johnson-provavel-novo-primeiro-ministro-do-reino-unido/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/20/quem-e-boris-johnson-provavel-novo-primeiro-ministro-do-reino-unido/#respond Thu, 20 Jun 2019 12:52:15 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/06/boris-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3170 A poucos meses do esgotamento do prazo para sair da União Europeia, o Reino Unido está prestes a eleger um novo primeiro-ministro.

A troca no poder ocorre após a premiê Theresa May anunciar sua renúncia, em maio. Ela chegou ao cargo em 2016 com a missão de conduzir as negociações do brexit, mas fracassou em conquistar o apoio do Parlamento e se viu forçada a abandonar o cargo precocemente.

O favorito para sucedê-la é Boris Johnson, um dos líderes da ala eurocética do Partido Conservador, principal força política britânica. Para chegar ao poder, ele precisará convencer a maioria de sua agremiação de que está apto para liderar o país.

Saiba quem é Johnson e entenda o processo de escolha do próximo premiê britânico:

1. Johnson lidera rebelião dentro de seu partido

Jornalista de carreira, Johnson, 55, ingressou na política após ser eleito para o Parlamento britânico em 2001. Entre 2008 e 2016, foi prefeito de Londres e, em seguida, virou secretário do Exterior no governo May.

Partidário de uma ruptura radical com a UE, o político conservador liderou uma rebelião dentro de seu próprio partido por discordar da forma como May vinha conduzindo o brexit e decidiu deixar o gabinete em 2018.

Se chegar ao poder, Johnson pretende comprar briga com as autoridades de Bruxelas, mesmo que isso resulte em uma saída litigiosa do bloco regional quando se esgotar o prazo de negociação, em 31 de outubro, com consequências incertas para o futuro do país.

2. Populista, ele é chamado de ‘mini-Trump’

Conhecido por seus arroubos populistas e seu histórico de declarações xenófobas, Johnson é chamado de “mini-Trump” por parte da imprensa europeia. Ele já disse, por exemplo, que o problema da África é que os colonizadores britânicos “não estão mais no comando”, e comparou mulheres que usam o véu islâmico a “assaltantes de banco”.

Na campanha do plebiscito sobre o brexit, em junho de 2016, Johnson mentiu sobre o volume de repasses à UE, insinuando que a saída do bloco permitiria ao governo aumentar os investimentos ao NHS (National Health Service, o SUS britânico). Ele enfrentou questionamentos na Justiça graças ao episódio, mas o processo foi cancelado no início deste mês.

Partidário do liberalismo econômico, é possível que, uma vez no poder, o político conservador contribua para a desestatização do sistema de saúde e para o desmonte da rede de seguridade social.

3. Mesmo eleito, Johnson terá dificuldades para formar governo

No momento, Johnson enfrenta o desafio de correligionários em uma disputa interna pela liderança do Partido Conservador. Ele já deixou a maioria dos concorrentes para trás, mas ainda falta obter o respaldo da maioria dos membros do partido –o resultado deve sair em 22 de julho.

Mas, mesmo que se qualifique para virar primeiro-ministro, Johnson enfrentará dificuldades para formar um governo. Caso prossiga com seus planos de retirar o Reino Unido da UE mesmo sem acordo prévio, poderá desencadear uma reação da ala moderada conservadora e da oposição trabalhista, precipitando a realização de eleições antecipadas.

Além disso, o Partido conservador atualmente depende do apoio do diminuto DUP (Partido Unionista Democrático), da Irlanda do Norte. Sua visão para o brexit pode acabar resultando na imposição de controles alfandegários na fronteira com a República da Irlanda, a contragosto dos habitantes do local e de seus parceiros de coalizão.

Com ou sem Johnson em Downing Street (endereço da residência oficial do primeiro-ministro britânico), a barafunda do brexit deve prosseguir. Conforme este blog Mundialíssimo já disse em março: “O fato é que os políticos britânicos pró-brexit, ao fazerem promessas irrealizáveis e estimularem os piores sentimentos nacionalistas, mergulharam o Reino Unido em crise permanente. Qualquer que seja o desfecho do brexit, o país estará mais fraco e dividido que nunca”.

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Brasil lidera ranking global que mede simpatia pelo populismo https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/01/brasil-lidera-ranking-global-que-mede-simpatia-pelo-populismo/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/01/brasil-lidera-ranking-global-que-mede-simpatia-pelo-populismo/#respond Wed, 01 May 2019 17:07:39 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/bolso-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3109 O Brasil está no topo de um ranking global que mede a adesão das populações a ideias populistas.

Segundo a pesquisa, publicada nesta quarta-feira (1º) pelo jornal britânico The Guardian, 42% dos brasileiros demonstram apoio sólido ao populismo. O índice registrado no país equivale ao dobro da média global.

O Brasil ficou um pouco à frente da África do Sul, que alcançou um índice de 39%, e superou outros países em desenvolvimento, como a Tailândia, o México e a Turquia.

O ranking foi elaborado pelo instituto de pesquisa YouGov e por acadêmicos da Universidade Cambridge. O projeto entrevistou 21.295 pessoas entre fevereiro e março em 19 países por meio de questionários eletrônicos –a amostra no Brasil teve 1.006 participantes.

O índice de populismo é medido de acordo com a quantidade de participantes que dizem concordar fortemente com estas duas afirmações: “meu país é dividido entre pessoas comuns e as elites corruptas que as exploram”, e “a vontade do povo deveria ser o princípio elementar da política deste país”.

De acordo com a reportagem do The Guardian, a simpatia pelo populismo no Brasil é associada ao descrédito na política que se seguiu aos protestos de junho de 2013, e que culminou na vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro.

Nada menos que 84% dos brasileiros entrevistados declararam concordar em algum grau com a ideia de que o governo do país “basicamente representa uns poucos interesses poderosos”, que só estão preocupados consigo mesmo.

“É esta corrupção aparentemente inesgotável que levou vários brasileiros aos braços do populismo, cuja ideia central é a de que uma elite nefasta manda de acordo com seus interesses, em detrimento das massas populares”, diz o texto, assinado, dentre outros, por Dom Phillips, correspondente do jornal britânico no Rio de Janeiro.

MALES DO POPULISMO

O projeto também concluiu que as pessoas que apoiam o populismo tendem a acreditar mais que as outras em teorias da conspiração, sem respaldo nos fatos.

Por exemplo, muitos populistas questionam a efetividade das vacinas e os efeitos da humanidade sobre as mudanças climáticas, contrariando evidências científicas.

Além disso, mais pessoas que compartilham ideias populistas dizem consumir notícias por meio das redes sociais, terreno fértil para fake news e teorias da conspiração.

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