Mundialíssimo https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br Notícias internacionais explicadas tintim por tintim Fri, 24 Jan 2020 11:05:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Crise do clima será conteúdo obrigatório em escolas na Itália https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/crise-do-clima-sera-conteudo-obrigatorio-em-escolas-na-italia/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/crise-do-clima-sera-conteudo-obrigatorio-em-escolas-na-italia/#respond Wed, 06 Nov 2019 13:31:12 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/ita-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3444 A Itália planeja tornar a crise global do clima um item obrigatório no currículo escolar.

O ministro da educação do país, Lorenzo Fioramonti, anunciou na terça-feira (5) que os alunos de todos os anos nas escolas públicas terão aulas sobre as mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável, informa reportagem do jornal americano New York Times.

Fioramonti, diz a publicação, espera que a medida coloque a Itália na “linha de frente da educação ambiental em todo o mundo”. A mudança no currículo deverá ser implementada a partir de setembro de 2020, quando começará o próximo ano letivo.

O ministro já havia demonstrado apreço pela questão ambiental em setembro, quando encorajou estudantes do país a faltarem às aulas para participar dos protestos da Greve Global pelo Clima, movimento encabeçado pela ativista sueca Greta Thunberg.

A preocupação com as mudanças climáticas ganhou mais espaço na agenda das autoridades italianas após a formação, em agosto, de um novo governo composto pelos populistas do Movimento 5 Estrelas (agremiação de Fioramonti) e pelo Partido Democrático, de centro-esquerda.

Antes disso, o Movimento 5 Estrelas participava de uma coalizão com a legenda da direita ultranacionalista Liga, cujo líder, Matteo Salvini, parece não acreditar nas mudanças do clima, apesar dos avisos da comunidade científica.

Em um dia frio de primavera, em maio, Salvini afirmou: “Apelamos para o aquecimento global, porque não fazia um frio desses na Itália há anos”.

Para Fioramonti, a declaração de Salvini demonstra ignorância. “Este é o tipo de absurdo que queremos evitar ao ensinar as crianças que este é o maior desafio já enfrentado pela humanidade”, disse o ministro, segundo o New York Times. “E eu quero assegurar a implementação [do novo currículo] antes de uma troca de governo que possa colocar o processo em risco.”

EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Um artigo publicado na terça-feira pela revista acadêmica BioScience alerta que a humanidade enfrentará “sofrimento indescritível devido à crise do clima”.

“Para assegurar um futuro sustentável, nós precisamos mudar a forma como vivemos. [Isso] inclui grandes transformações na forma como nossa sociedade global funciona e interage com ecossistemas naturais”, diz o manifesto, assinado por mais de 11 mil cientistas de todo o mundo.

Para Edoardo Zanchini, vice-presidente do grupo ambientalista italiano Legambiente, educar as crianças sobre os riscos da crise do clima é um passo “muito importante”, mas insuficiente.

“A ciência nos diz que os próximos dez anos serão cruciais [para mitigar os efeitos das mudanças climáticas]”, disse Zanchini, ainda de acordo com o New York Times. “Nós não podemos esperar pela próxima geração.”

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Acampamentos de ambientalistas param Londres, e polícia prende mil ativistas https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/23/acampamentos-de-ambientalistas-param-londres-e-policia-prende-mil-ativistas/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/23/acampamentos-de-ambientalistas-param-londres-e-policia-prende-mil-ativistas/#respond Tue, 23 Apr 2019 12:29:05 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/04/XR-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3093 Um grupo de ativistas britânicos vem ocupando espaços públicos em Londres há mais de uma semana para pressionar as autoridades do país a adotar políticas mais robustas no combate às mudanças do clima.

Os manifestantes montaram acampamentos desde a segunda-feira passada (15) em diversos pontos turísticos da capital britânica, dentre os quais Parliament Square, Marble Arch e Oxford Circus. Alguns ativistas também paralisaram linhas de trem, colando-se aos vagões.

O protesto foi convocado pela organização Extinction Rebellion (rebelião contra a extinção, em português). Em seu website, o grupo pede que o governo britânico decrete uma “emergência climática e ecológica” e se comprometa a “zerar as emissões de carbono” nos próximos anos.

A polícia já prendeu mais de 1.000 ativistas no período, sob a justificativa de que o movimento causa transtornos para a população. Ainda assim, centenas de manifestantes seguem mobilizados, e a paralisação deve seguir até a próxima segunda-feira (29), pelo menos.

O governo da primeira-ministra Theresa May não deu sinais de que atenderá às demandas do grupo, ao mesmo tempo em que pede que os manifestantes voltem para casa.

“Algumas das atividades nas ruas têm impedido as pessoas de ir trabalhar … e se locomover em Londres da maneira correta”, disse na semana passada o secretário do Ambiente, Michael Gove. “Mas nós entendemos o recado e sabemos que ações precisam ser tomadas.”

O apelo das autoridades não comoveu os ativistas. Nesta terça-feira (23), o grupo saiu em protesto pelas ruas da cidade, passando pelo Palácio de Buckingham, residência da rainha Elizabeth 2ª.

“Nós só queremos ser ouvidos … Nós nos esforçamos bastante nas ocupações e ações, agora nós apenas precisamos de algum tipo de resposta do governo”, disse ao jornal The Guardian uma manifestante identificada como Amber, de 23 anos.

“Eles estavam de folga [por causa do feriado da Páscoa], então quem sabe –eles podem voltar e querer reagir do jeito certo, mas eu não estou esperançosa.”

MOVIMENTO AMPLO

Os protestos do Extinction Rebellion se somam a outras iniciativas da sociedade civil pelo clima. Nos últimos meses, estudantes britânicos chamaram atenção ao faltar às aulas às sextas-feiras em protesto pela preservação do ambiente –o movimento, registrado também em outros países, foi inspirado pela estudante sueca Greta Thunberg, de 16 anos.

Um relatório da ONU de outubro destacou que a humanidade tem até 2030 para evitar mudanças irreversíveis no clima. Os principais efeitos de uma catástrofe climática incluiriam secas e ondas de calor recordes, bem como o derretimento acelerados das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos.

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