Mundialíssimo https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br Notícias internacionais explicadas tintim por tintim Fri, 24 Jan 2020 11:05:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Protesto no Masp na sexta-feira se junta a greve pelo clima em 150 países https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/18/protesto-no-masp-na-sexta-feira-se-junta-a-greve-pelo-clima-em-150-paises/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/18/protesto-no-masp-na-sexta-feira-se-junta-a-greve-pelo-clima-em-150-paises/#respond Wed, 18 Sep 2019 15:25:54 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/strike-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3363 Movimentos ambientalistas convocam um protesto pelo clima em São Paulo nesta sexta-feira (20), a partir das 16h no vão livre do Masp.

A manifestação integra eventos programados em mais de 150 países na Greve Global pelo Clima, movimento inspirado pela ativista sueca Greta Thunberg.

“Somos parte deste movimento global para chamar a atenção da sociedade e dos governantes para a emergência climática”, disse por telefone Ricardo Serra, membro da Coalizão pelo Clima, um dos grupos que convocam o protesto em São Paulo.

Os organizadores do ato exigem que as autoridades brasileiras neutralizem as emissões de carbono até 2030 e reflorestem 12 milhões de hectares até 2025, de acordo com os compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris sobre o clima.

O protesto também é uma resposta às queimadas na Amazônia, que nas últimas semanas intensificaram a pressão internacional contra as políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro.

“Certamente a defesa da Amazônia e das políticas de conservação ambiental é parte da nossa luta”, afirmou Serra, 38, estudante de doutorado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Além de São Paulo, há atos marcados em outras cidades brasileiras, incluindo Brasília, Rio de Janeiro e Recife (a lista completa de eventos no Brasil e no mundo pode ser acessada aqui).

GREVE GLOBAL

Nos últimos meses, estudantes ao redor do mundo têm se mobilizado para evitar as mudanças climáticas. Os protestos desta sexta-feira buscam repetir o sucesso das manifestações de 15 de março, que reuniram mais de 1,6 milhão de pessoas em 133 países.

A Greve Global pelo Clima se inspira no gesto solitário de Thunberg, 16, que no ano passado passou a faltar às aulas às sextas-feiras para protestar em frente à sede do Parlamento sueco, em Estocolmo. A adolescente está nos Estados Unidos para encontros com congressistas e o ex-presidente Barack Obama.

Na sexta, Thunberg deverá participar do protesto pelo clima em Nova York. A cidade hospedará na semana que vem uma conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o clima, bem como a cerimônia de abertura da Assembleia Geral do organismo, em que o presidente Bolsonaro deverá discursar perante outros líderes mundiais.

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), ligado à ONU, estima que a humanidade tem até 2030 para evitar mudanças irreversíveis no clima. Os principais efeitos de uma catástrofe climática incluiriam secas e ondas de calor recordes, bem como o derretimento acelerados das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos.

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Por que Greta Thunberg incomoda tanta gente? https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/20/por-que-greta-thunberg-incomoda-tanta-gente/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/20/por-que-greta-thunberg-incomoda-tanta-gente/#respond Tue, 20 Aug 2019 13:31:50 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/greta-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3312 Ela é apenas uma adolescente sueca. Como muitos jovens ao redor do mundo, ela não entende por que os adultos têm feito tão pouco para evitar a destruição do planeta. Mas nada do que ela diz é novo: há décadas os cientistas nos avisam da catástrofe ambiental que se aproxima.

Então por que é que tanta gente se incomoda com Greta Thunberg? A julgar por comentários nas páginas de jornal e nas redes sociais, o desconforto com a ativista de 16 anos é um fenômeno tão global quanto as mudanças do clima.

No início do mês, Andrew Bolt, colunista do jornal australiano Herald Sun, disse que Thunberg é “estranha” e “profundamente perturbada”. O comentário foi amplamente interpretado como uma ofensa contra autistas –a ativista é portadora da síndrome de Asperger.

Já na semana passada, o colunista da Folha João Pereira Coutinho escreveu que a atitude da jovem sueca diante da crise climática é uma “neurose”, e que o movimento que ela lidera tem características messiânicas. De acordo com Coutinho, “o fenômeno Greta Thunberg não tem nada de científico nem se pode confundir com qualquer discussão séria sobre o tema”.

Também na semana passada, o magnata britânico Aaron Banks, principal financiador da campanha em favor do brexit, causou indignação ao sugerir que Thunberg poderia morrer em um acidente de barco. “Malditos acidente de iatismo acontecem em Agosto…”, disse Banks em uma rede social.

A ativista acabara de embarcar em um veleiro com destino a Nova York, onde participará de uma conferência sobre o clima na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) –ela se recusa a viajar de avião para não contribuir com a emissão de carbono. A jornada transatlântica deve durar duas semanas e pode ser acompanhada em tempo real pela internet.

Thunberg ganhou notoriedade ao longo do último ano, após decidir faltar às aulas às sextas-feiras para protestar em frente à sede do Parlamento sueco, em Estocolmo, para exigir que o governo tomasse ações mais efetivas para combater as mudanças climáticas.

O protesto solitário de Thunberg inspirou mobilizações lideradas por estudantes ao redor do mundo: mais de 1,6 milhão de pessoas participaram de protestos pelo clima em 133 países em 15 de março.

Assim, a jovem sueca se tornou símbolo de uma nova geração de ativistas que lutam por um planeta habitável. Graças à sua defesa do meio ambiente, Thunberg já se encontrou com personalidades como o ex-presidente americano Barack Obama e o papa Francisco. Ela também foi nomeada para o Prêmio Nobel da Paz.

“Nossa casa está pegando fogo. E eu estou aqui para dizer: nossa casa está pegando fogo”, afirmou Thunberg em janeiro durante um discurso para líderes mundiais no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

“Resolver a crise do clima é o maior e mais complexo desafio que o homo sapiens já enfrentou. A principal solução, porém, é tão simples que até uma criança consegue entender. Nós precisamos parar as nossas emissões de gases do efeito estufa.”

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), ligado à ONU, estima que a humanidade tem até 2030 para evitar mudanças irreversíveis no clima. Os principais efeitos de uma catástrofe climática incluiriam secas e ondas de calor recordes, bem como o derretimento acelerados das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos.

Talvez Thunberg incomode tanta gente justamente por dar visibilidade a uma verdade inconveniente. O movimento que ela inspirou é uma pedra no sapato dos adultos que têm ignorado o tema em nome de seu próprio conforto, bem como dos governantes que seguem insistindo que o aquecimento global é uma farsa.

Mesmo que alguns de seus seguidores errem ao ver na ativista a última esperança contra o apocalipse do clima, a mensagem que ela vocaliza segue sendo pertinente. De fato, diante das críticas e dos ataques recorrentes, Thunberg demonstra mais maturidade que muitos de seus detratores.

“Eu penso que há muito foco sobre mim como pessoa e não sobre o próprio clima”, disse Thurnberg em entrevista à emissora alemã Deutsche Welle. “Acredito que nós devemos nos concentrar mais na questão do clima, porque isto não é sobre mim.”

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Acampamentos de ambientalistas param Londres, e polícia prende mil ativistas https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/23/acampamentos-de-ambientalistas-param-londres-e-policia-prende-mil-ativistas/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/23/acampamentos-de-ambientalistas-param-londres-e-policia-prende-mil-ativistas/#respond Tue, 23 Apr 2019 12:29:05 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/04/XR-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=3093 Um grupo de ativistas britânicos vem ocupando espaços públicos em Londres há mais de uma semana para pressionar as autoridades do país a adotar políticas mais robustas no combate às mudanças do clima.

Os manifestantes montaram acampamentos desde a segunda-feira passada (15) em diversos pontos turísticos da capital britânica, dentre os quais Parliament Square, Marble Arch e Oxford Circus. Alguns ativistas também paralisaram linhas de trem, colando-se aos vagões.

O protesto foi convocado pela organização Extinction Rebellion (rebelião contra a extinção, em português). Em seu website, o grupo pede que o governo britânico decrete uma “emergência climática e ecológica” e se comprometa a “zerar as emissões de carbono” nos próximos anos.

A polícia já prendeu mais de 1.000 ativistas no período, sob a justificativa de que o movimento causa transtornos para a população. Ainda assim, centenas de manifestantes seguem mobilizados, e a paralisação deve seguir até a próxima segunda-feira (29), pelo menos.

O governo da primeira-ministra Theresa May não deu sinais de que atenderá às demandas do grupo, ao mesmo tempo em que pede que os manifestantes voltem para casa.

“Algumas das atividades nas ruas têm impedido as pessoas de ir trabalhar … e se locomover em Londres da maneira correta”, disse na semana passada o secretário do Ambiente, Michael Gove. “Mas nós entendemos o recado e sabemos que ações precisam ser tomadas.”

O apelo das autoridades não comoveu os ativistas. Nesta terça-feira (23), o grupo saiu em protesto pelas ruas da cidade, passando pelo Palácio de Buckingham, residência da rainha Elizabeth 2ª.

“Nós só queremos ser ouvidos … Nós nos esforçamos bastante nas ocupações e ações, agora nós apenas precisamos de algum tipo de resposta do governo”, disse ao jornal The Guardian uma manifestante identificada como Amber, de 23 anos.

“Eles estavam de folga [por causa do feriado da Páscoa], então quem sabe –eles podem voltar e querer reagir do jeito certo, mas eu não estou esperançosa.”

MOVIMENTO AMPLO

Os protestos do Extinction Rebellion se somam a outras iniciativas da sociedade civil pelo clima. Nos últimos meses, estudantes britânicos chamaram atenção ao faltar às aulas às sextas-feiras em protesto pela preservação do ambiente –o movimento, registrado também em outros países, foi inspirado pela estudante sueca Greta Thunberg, de 16 anos.

Um relatório da ONU de outubro destacou que a humanidade tem até 2030 para evitar mudanças irreversíveis no clima. Os principais efeitos de uma catástrofe climática incluiriam secas e ondas de calor recordes, bem como o derretimento acelerados das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos.

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Estudantes britânicos paralisam aulas em protesto por ação climática https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/02/15/estudantes-britanicos-paralisam-aulas-em-protesto-por-acao-climatica/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2019/02/15/estudantes-britanicos-paralisam-aulas-em-protesto-por-acao-climatica/#respond Fri, 15 Feb 2019 14:48:03 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/190215132745-london-climate-strike-exlarge-169-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=2937 Milhares de estudantes do Reino Unido faltaram às aulas nesta sexta-feira (15) e foram às ruas protestar por ações mais efetivas contra o aquecimento global.

Segundo os organizadores do movimento, houve paralisações em mais de 60 cidades do país. Na capital, Londres, mais de mil pessoas se reuniram em frente ao Palácio de Westminster, sede do Parlamento britânico.

“Nós [jovens] muitas vezes nos calamos, mas quando o assunto é mudança climática, nós teremos que pagar pelos erros das gerações passadas”, a estudante londrina Cristina, de 15 anos, declarou à emissora BBC. “Isso me deixa muito assustada.”

Entenda a “greve climática” estudantil no Reino Unido:

1. Movimento começou após protestos de aluna sueca

A paralisação no Reino Unido foi inspirada pela estudante sueca Greta Thunberg, 15, que em setembro passou a faltar às aulas às sextas-feiras para protestar em frente ao Parlamento de seu país.

Ela pede que as autoridades respeitem os compromissos assumidos no Acordo de Paris sobre o clima –o documento, firmado em 2015 por mais de 190 países, estabelece metas de emissão de gás carbônico para frear o aquecimento global.

O protesto solitário de Thunberg deu origem a manifestações estudantis pelo clima em diversos países, incluindo Bélgica, Alemanha e Austrália –e, agora, no Reino Unido.

2. Líder do Acordo de Paris declara apoio ao grupo

Cristina Figueres, então funcionária da ONU (Organização das Nações Unidas) que liderou as negociações do Acordo de Paris, declarou apoio à paralisação climática no Reino Unido.

“Chegou a hora de ouvirmos a voz marcante dos jovens e dos estudantes, que estão tão preocupados com seu futuro que precisam fazer greve para nos fazer prestar atenção”, afirmou Figueres, segundo o jornal The Guardian.

Um relatório da ONU de outubro destacou que a humanidade tem até 2030 para evitar mudanças irreversíveis no clima. Os principais efeitos de uma catástrofe climática incluiriam secas e ondas de calor recordes, bem como o derretimento acelerados das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos.

3. Na contramão do mundo, Brasil pode enfrentar retrocesso ambiental

Visto por muitos anos como referência ambiental entre os países emergentes, o Brasil pode agora enfrentar diversos retrocessos na área.

O presidente Jair Bolsonaro pretende flexibilizar a emissão de licenças ambientais em benefício do agronegócio e de setores extrativistas.

Durante a campanha, o capitão reformado prometeu retirar o Brasil do Acordo de Paris, mas desde sua posse em janeiro o governo tem dado indicações de que permanecerá no pacto.

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Sob críticas, começa julgamento sobre morte de ambientalista em Honduras https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/17/sob-criticas-comeca-julgamento-sobre-morte-de-ambientalista-em-honduras/ https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/17/sob-criticas-comeca-julgamento-sobre-morte-de-ambientalista-em-honduras/#respond Mon, 17 Sep 2018 13:56:52 +0000 https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/berta-320x213.jpg https://mundialissimo.blogfolha.uol.com.br/?p=2588 Começa nesta segunda-feira (17) em Honduras o julgamento de oito suspeitos de envolvimento no assassinato da líder indígena e ambientalista Berta Cáceres, morta a tiros há dois anos e meio.

Um grupo de advogados estrangeiros acompanhará o processo para averiguar sua lisura –o julgamento deve seguir até 19 de outubro. Familiares de Cáceres têm criticado as investigações do crime por pouparem os mandantes do assassinato.

Cáceres foi morta em 2 de março de 2016 por atiradores que invadiram sua casa em La Esperanza, no oeste do país. Um ativista mexicano que também estava no local sobreviveu ao atentado com ferimentos.

Vencedora do Prêmio Ambiental Goldman em 2015, Cáceres liderou uma campanha contra a construção de uma barragem no rio Gualcarque. Além dos impactos ambientais da obra, o projeto afetaria comunidades indígenas que vivem na região.

Funcionários da DESA, empresa responsável pela construção da barragem, estão entre os detidos pelo assassinato da ambientalista –os suspeitos negam envolvimento no crime. Após o assassinato de Cáceres, investidores internacionais abandonaram o projeto.

PERSEGUIÇÃO CONTRA ATIVISTAS

Para a ONG Greenpeace, o julgamento do caso Cáceres pode representar “um marco” no combate à violência contra defensores do ambiente.

“Este julgamento é uma chance para mostrar aos governos e corporações ao redor do mundo que eles não podem mais se safar da perseguição contra defensores do ambiente. É uma chance para acabar com a corrupção e a impunidade que permitiram que muitos dos assassinos ficassem livres, e para nos colocar no caminho da justiça”, afirmou o Greenpeace em nota.

Ao menos 207 defensores do ambiente foram assassinados ao redor do mundo em 2017, de acordo com a ONG Global Witness. O Brasil registrou 57 dessas mortes, sendo considerado um dos países mais perigosos para ambientalistas.

A perseguição contra ambientalistas e defensores de direitos humanos no país ganhou notoriedade com o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio, em março. Após seis meses, o crime ainda não foi esclarecido.

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