Este pequeno Estado que não existe quer se aproximar de Donald Trump
A eleição do Donald Trump, em novembro, desagradou aliados dos EUA em boa parte do continente europeu. Líderes como François Hollande (França), Angela Merkel (Alemanha), Matteo Renzi (Itália) e Mariano Rajoy (Espanha) ficaram bastante desgostosos com a escolha americana. Trump, afinal, tem pouco apreço pela aliança militar ocidental Otan e pelos tratados de comércio com a União Europeia.
Mas um pequeno Estado no leste europeu celebra a ascensão do republicano e já prevê laços estreitos com os EUA. Assim que seja superada uma pequena dificuldade diplomática — nenhum país no mundo reconhece a soberania da Liberlândia, uma micro-nação de 7 km².
A Liberlândia (Liberland, em inglês) foi proclamada em abril de 2015 em uma curva do rio Danúbio, aproveitando-se de uma disputa territorial entre Croácia e Sérvia. Vit Jedlicka, nascido tcheco e auto-denominado presidente liberlandês, encontrou a terra na Wikipedia, segundo o jornal americano “Washington Post”. Ele criou ali um país com impostos opcionais e um governo reduzido, um sonho para os neoliberais.
O Estado pode não ter sido reconhecido por ninguém, mas os símbolos estão nos conformes — a Liberlândia tem bandeira, Constituição, hino nacional e pagina na internet. Há planos de usar uma moeda virtual no território. É possível cadastrar-se como cidadão pela internet, exceto para quem tem um passado comunista ou nazista. O diário “Washington Post” afirma que centenas de milhares já se registraram, incluindo 12 mil americanos.
Segundo a página oficial do micro-Estado,
O lema da Liberlândia é “Viva e Deixe Viver”, porque a Liberlândia tem orgulho das liberdades pessoais e econômicas de seu povo, garantidas pela Constituição, que limita de maneira significativa o poder dos políticos para que não interfiram muito.