As 3 tentativas mais estapafúrdias de matar Fidel Castro

Vocês, Mundialíssimos leitores, já devem ter visto os memes circulando pela internet dizendo que Fidel Castro sobreviveu a 634 tentativas de assassinato — para morrer, na semana passada, como bem quis. O líder cubano, no poder desde 1959, foi afinal alvo de diversos planos mirabolantes da agência americana de inteligência CIA. Diversas das estratégias eram bastante estapafúrdias, como os planos do Cebolinha, nos gibis da “Turma da Mônica”, para ser o dono da rua.

O site americano Vox.com reuniu sete dessas tentativas de assassinato em uma lista. Os estratagemas foram planejados em torno dos hábitos de Fidel, como o charuto com que ele costuma aparecer nas fotografias. As informações vêm de um depoimento de Fabian Escalante, ex-líder do serviço secreto cubano. A conta dele de 634 tentativas é bastante alta, afirma o Vox.com, mas diversos desses planos foram confirmados por historiadores e jornalistas nos últimos anos.

O Mundialíssimo blog reúne abaixo três dessas maquinações. Para quem se interessa pelo tema, há uma reportagem do jornal britânico “Guardian” com mais informações.

O CHARUTO ENVENENADO
Em agosto de 1960 um oficial recebeu uma caixa com os charutos prediletos de Fidel e instruções para envenená-lo. A toxina presente no charuto era tão potente, de acordo com um comitê do Senado, que uma pessoa morreria apenas por colocá-lo na boca. Os relatórios indicam que o charuto envenenado foi entregue a uma pessoa anônima em 13 de fevereiro de 1961, mas não está claro se eles foram algum dia repassados para Fidel. Segundo o Vox.com, a história alternativa de um charuto explosivo é provavelmente uma lenda urbana.

Fidel Castro toma sorvete no Bronx, em 1959. Crédito Meyer Liebowitz/Getty Images)
Fidel Castro toma sorvete no Bronx, em 1959. Crédito Meyer Liebowitz/Getty Images)

O PLANO DO SORVETE
Fidel era fissurado por sorvetes. Com isso em mente, a CIA entregou pílulas de veneno ao cubano Tony Varona em 1961 para que um cozinheiro em Havana envenenasse a casquinha do líder cubano. O veneno, congelado, foi em teoria descoberto pela inteligência cubana. Os EUA teriam pago milhares de dólares a Varona pelo serviço — considerado uma das tentativas que chegaram mais perto de matar Fidel, segundo Tim Weiner, autor de “Legacy of Ashes”.

A CANETA HIPODÉRMICA
Também nos anos 1960 a CIA entrou em contato com o oficial cubano conhecido como AM/LASH. Ao que parece, ele não foi instruído a matar Castro, mas o governo americano estava ciente de seus planos e entregou a ele um rifle. Ele também recebeu uma caneta esferográfica com uma agulha hipodérmica tão fina que sua vítima nem perceberia a picada. AM/LASH, no entanto, não impressionou-se muito com o plano e pediu à CIA que inventasse um estratagema mais sofisticado.