Que país no mundo terá o próximo genocídio?
Não dá para saber com certeza. Mas o jornal americano “Washington Post” escreveu hoje sobre um interessante projeto chamado “Early Warning” (aviso prévio), que tenta prever as chances de um novo genocídio ao redor do mundo.
O “Early Warning”, lançado pelo Centro Simon-Skjodt para a Prevenção do Genocídio, parte da premissa de que esses atos violentos são raros e devastadores –e que podem ser prevenidos. “Estudos de atrocidades passadas mostram que podemos detectar cedo os sinais de atrocidades e que podemos salvar vidas”, diz o texto de introdução do projeto. “Porém, apesar desse alerta, muito frequentemente vemos esses avisos sendo perdidos e a ação sendo tomada tarde demais, se é que é tomada.”
Segundo o site, os dez países com maior risco de genocídio são Mianmar, Nigéria, Sudão, República Centro-Africana, Egito, República Democrática do Congo, Somália, Paquistão, Sudão do Sul e Afeganistão. São nações que aparecem no mapa abaixo. Quanto mais escura a cor no desenho, maior o risco.
Mianmar, com maior risco (14%), é o primeiro colocado. O Brasil, por outro lado, é um país com baixo risco. O índice é de 0,3%, ou a 92º posição entre 162 nações. A Argentina tem risco de 0,2%. O mapa pode ser consultado no próprio site, ou clicando aqui.
O projeto funciona a partir de modelos matemáticos. Entre as variáveis estão “governo ruim” e “ameaça por parte da elite”. Também entram na conta pesquisas de opinião, conduzidas a partir de critérios que estão detalhados na página oficial. O “Early Warning” não prevê um genocídio, mas aponta onde há mais chances de que ocorra.