Dos 10 patrimônios da humanidade no Iraque e na Síria, 9 estão ameaçados
O que falta o Estado Islâmico destruir na Síria e no Iraque? Não tanto. Segundo uma reportagem publicada pelo jornal americano “Washington Post”, dos dez locais considerados “patrimônio da humanidade” em ambos os países, nove estão ameaçados por essa organização terrorista.
Ao clicar na imagem acima (ou aqui), vocês podem acessar o mapa desses dez locais. Os nove pontos vermelhos indicam um patrimônio ameaçado pelo Estado Islâmico. O solitário marcador azul, em Erbil, sinaliza onde por ora não há risco.
Palmira é, infelizmente, o melhor exemplo do que ameaça essas ruínas e monumentos. Na segunda-feira (31), imagens de satélite comprovaram que o Templo de Bel foi destruído. É uma notícia devastadora, dada a importância histórica desse oásis —outrora capital de um reino que rivalizava com Roma.
Também estão ameaçadas na Síria as cidades arqueológicas de Damasco e Aleppo. Além delas, as relíquias de Bosra, os castelos medievais –como o Crac des Chevalier— e os vilarejos abandonados na fronteira norte da Síria. No território iraquiano, o perigo ronda Hatra, Ashur e Samarra. Se vocês clicarem em um desses nomes acima, poderão visitar a página da ONU que explica as razões pelas quais são considerados “patrimônio da humanidade”.
Diversos locais sem esse status mas ainda assim de importância ímpar para a história também foram danificados ou totalmente destruídos pelos militantes do Estado Islâmico. É o caso da tumba do profeta Jonas, de Nimrud e do Museu de Mossul.
A única boa notícia, no que diz respeito à herança histórica do Oriente Médio, é o anúncio de um projeto que vai arquivar imagens tridimensionais de relíquias nessa região. Conversei nesta semana com o diretor do Instituto de Arqueologia Digital, que prometeu um futuro em que monumentos poderão ser recriados por impressão em 3D. Se houver tempo, é claro, para fotografar as ruínas antes que desapareçam.