Islândia anula lei que permitia matar bascos
“Bem-vindo à Islândia. Não há luz do sol. Você está pegando fogo. Um demônio come seu rosto. Venha para a Islândia e nos dê seu olho.”
Essa música, composta pelos comediantes do programa americano Saturday Night Live, dá conta da fama de esquisitona que a Islândia tem. Essa ilhota é, afinal, a pátria da cantora Björk, imortal desde que vestiu um ganso na cerimônia do Oscar em 2001.
Mas a Islândia, para além da ficção, é de fato cenário de algumas histórias curiosas. O jornal “Washington Post” noticiou, por exemplo, a revogação da lei que aprovava há quatro séculos a morte de bascos na região de Westfjords. A legislação remontava ao ano de 1615, data de atritos entre moradores locais e um grupo de náufragos da costa norte da Espanha.
Desnecessário dizer que essa lei não foi aplicada nos últimos séculos e que moradores do país Basco não correm perigo se quiserem visitar essa ilha de 300 mil habitantes e percorrer sua geografia bjorquesca. “Temos leis e, é claro, matar alguém — incluindo bascos — é proibido hoje em dia”, afirmou a repórteres o comissário Jonas Gudmundsson.
A Islândia é um curioso país no estremo oeste da Europa. É uma ilhavulcânica marcada pelos cenários dramáticos que Björk homenageou no clipe de sua canção Joga. Mais de 10% da ilha estão cobertos por gelo, segundo a revista “National Geographic”, mas correntes do Golfo aquecem algumas de suas regiões. O “Althingi”, estabelecido em 930, é o Parlamento em funcionamento contínuo há mais tempo no mundo. A ilha esteve ocupada pela Dinamarca por mais de cinco séculos e tornou-se uma república em 1944.